Silêncio de líder sindical frustra investigação sobre INSS

O depoimento de Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), à CPMI do INSS, gerou frustração entre os parlamentares. Baptista se recusou a responder a maioria das perguntas, respaldado por um habeas corpus do STF que o isentou de obrigações típicas de convocados. O Sindnapi é acusado de beneficiar-se de descontos associativos, recebendo mais de R$ 600 milhões entre 2008 e 2025. A senadora Tereza Cristina enfatizou a importância da continuidade das investigações, enquanto Damares Alves destacou a relevância da quebra de sigilo do sindicato. O silêncio de Baptista levanta preocupações sobre a transparência e a responsabilidade das entidades sindicais, especialmente em um contexto de crise de confiança nas instituições. O senador Eduardo Girão expressou sua frustração com a situação, questionando o impacto da decisão do STF sobre a investigação. A CPMI busca identificar responsáveis e exigir punições exemplares, mas a postura de Baptista pode dificultar o avanço das apurações.

🔴 GOTA D’ÁGUA

O silêncio de Milton Baptista durante a CPMI do INSS é alarmante, pois reflete uma resistência à transparência em um momento crítico para a confiança nas instituições. A recusa em responder perguntas essenciais levanta questões sobre a responsabilidade das entidades sindicais e sua relação com o sistema previdenciário. Essa postura pode dificultar a investigação de possíveis irregularidades e a responsabilização de envolvidos, comprometendo a integridade do processo democrático.

⚠️ INÉRCIA

Se a situação permanecer inalterada, a falta de respostas e a proteção legal a figuras como Baptista podem perpetuar a impunidade e a desconfiança nas instituições. A população, especialmente aposentados e pensionistas, pode ser a mais afetada, pois a falta de clareza sobre a gestão de recursos e a atuação do Sindnapi pode resultar em prejuízos diretos a seus direitos e benefícios. A manutenção do status quo pode também reforçar a percepção de que a corrupção e a falta de accountability são toleradas.

💡 CAMINHOS

Para reverter essa situação, é fundamental fortalecer os mecanismos de transparência e accountability nas entidades sindicais. A criação de um sistema de auditoria independente e a promoção de legislações que garantam a responsabilização de líderes sindicais são passos essenciais. Além disso, fomentar a participação ativa da sociedade civil na fiscalização e no controle social pode contribuir para um ambiente mais justo e transparente. Exemplos de boas práticas em outros países, como a implementação de códigos de conduta e a promoção de campanhas de conscientização, podem servir de modelo para o Brasil.

Fonte:Senado Notícias
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