Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (22), o senador Sergio Moro (União-PR) manifestou sua oposição à PEC 3/2021, que limita a prisão em flagrante de parlamentares a crimes inafiançáveis. Para Moro, a proposta representa um ‘remédio errado para um problema real’ e pode facilitar a impunidade entre políticos. Ele defendeu que, embora seja legítimo reforçar garantias procedimentais ligadas à imunidade parlamentar, isso não deve se estender a crimes comuns, como corrupção e desvio de dinheiro público. Moro também alertou sobre o avanço do crime organizado no Brasil e a importância de não criar barreiras que dificultem investigações sobre políticos. Ele citou casos históricos de escândalos envolvendo parlamentares, como os de Hildebrando Pascoal e José Dirceu, para enfatizar a necessidade de responsabilidade. Ao comentar os protestos contra a PEC realizados no domingo (21), o senador reconheceu o direito à manifestação, mas criticou a contradição de apoiadores do governo atual, que enfrenta suspeitas de irregularidades. Moro reafirmou seu voto contra a proposta e destacou que sua esposa, a deputada Rosangela Moro, também se posicionou contra na Câmara dos Deputados.
Fonte:Senado Notícias