O senador Humberto Costa (PT-PE) se pronunciou no Plenário nesta quarta-feira (1º) em defesa do projeto de lei (PL 1.087/2025), que visa alterar a tabela do Imposto de Renda (IR). A proposta, atualmente em análise na Câmara dos Deputados, prevê isenção para rendimentos de até R$ 5 mil e redução da alíquota para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7,35 mil. Além disso, a medida propõe uma taxação de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. Segundo o senador, a reforma beneficiará cerca de 20 milhões de brasileiros, permitindo que mais recursos permaneçam nas mãos das famílias, o que, segundo ele, impulsionaria a economia local. Costa também destacou a desigualdade no sistema tributário, onde os mais ricos pagam proporcionalmente menos impostos em comparação a trabalhadores de renda média, como policiais e professores. Ele enfatizou a necessidade de justiça tributária, que deve incluir tanto alívio para a base quanto uma maior contribuição dos mais abastados, especialmente em um contexto onde a tributação dos ricos caiu quase 40% entre 2007 e 2023.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A proposta de reforma do Imposto de Renda, defendida pelo senador Humberto Costa, destaca um problema central: a crescente desigualdade no sistema tributário brasileiro. A isenção de impostos para os mais ricos, enquanto trabalhadores de renda média enfrentam alíquotas mais altas, revela uma injustiça que precisa ser corrigida. A urgência dessa reforma se torna evidente quando se considera que cerca de 20 milhões de brasileiros poderiam ser beneficiados, colocando mais dinheiro em circulação na economia local.
⚠️ INÉRCIA
Se o status quo se mantiver, as desigualdades no sistema tributário brasileiro continuarão a se aprofundar. Trabalhadores de setores essenciais, como educação e segurança, continuarão a arcar com uma carga tributária desproporcional, enquanto os super-ricos desfrutam de isenções. Essa situação não apenas perpetua a injustiça social, mas também pode desestimular a confiança nas instituições e no sistema democrático, levando a um aumento da insatisfação popular e à erosão da coesão social.
💡 CAMINHOS
Para enfrentar essa questão, é fundamental implementar uma reforma tributária que promova a justiça social. Isso inclui a aprovação do PL 1.087/2025, que propõe isenção para rendimentos até R$ 5 mil e maior taxação sobre os mais ricos. Além disso, é necessário fortalecer a fiscalização e a transparência na arrecadação, garantindo que os recursos sejam utilizados em políticas públicas que beneficiem a população. Exemplos de boas práticas em outros países, como a taxação progressiva e a eliminação de isenções injustificadas, podem servir de modelo para o Brasil.
Fonte:Senado Notícias