Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (23), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu a anistia para os presos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, os manifestantes foram condenados sem o devido processo legal, sem direito à ampla defesa e ao contraditório, com julgamentos realizados diretamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Girão comparou a situação atual à anistia de 1979, que ocorreu durante a ditadura militar, argumentando que a concessão do benefício é uma questão humanitária que poderia promover a pacificação nacional. O senador citou casos específicos de condenações que considera injustas, como o de Roberta Brasil Soares, que recebeu uma pena de 14 anos por entrar no Plenário do Senado, e Cleriston Pereira da Cunha, que faleceu na prisão sem ter sido julgado. Ele também mencionou Débora Rodrigues, condenada por pichar uma estátua durante os protestos. Girão enfatizou que muitos desses indivíduos são ‘presos políticos clássicos’, e pediu que as denúncias de ilegalidades em processos relacionados aos eventos de 8 de janeiro sejam investigadas.
Fonte:Senado Notícias