O Senado brasileiro instalou nesta quarta-feira (8) a Frente Parlamentar da Economia do Mar – Setor Náutico, presidida pelo senador Esperidião Amin (PP-SC). Composta por 54 membros, incluindo 31 senadores e 23 deputados federais, a frente visa apoiar o desenvolvimento da infraestrutura portuária, fortalecer a indústria náutica e fomentar o turismo marítimo. Durante a instalação, Amin destacou o potencial inexplorado do território marítimo brasileiro, que se estende por mais de 7,4 mil km de costa e 7 milhões de km² de ‘Amazônia Azul’. O senador Fernando Dueire (MDB-PE) ressaltou que a economia azul representa 7% do PIB e gera 5% dos empregos formais no país, movimentando R$ 2 trilhões anualmente. O almirante Arthur Bettega, da Marinha do Brasil, considerou a criação da frente um marco para o desenvolvimento nacional, enfatizando a importância do mar para o futuro do Brasil. Leandro Ferrari, presidente da Associação Náutica Brasileira, afirmou que a iniciativa reconhece o setor náutico como motor econômico, gerando mais de 400 mil empregos diretos e indiretos em Santa Catarina.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A criação da Frente Parlamentar da Economia do Mar é um passo importante, mas levanta preocupações sobre a real implementação de políticas que garantam o desenvolvimento sustentável do setor. O potencial econômico do território marítimo brasileiro é imenso, mas a falta de investimentos adequados e de uma visão integrada pode resultar em exploração predatória dos recursos naturais, prejudicando comunidades locais e o meio ambiente. É urgente que haja um compromisso sério com a proteção dos ecossistemas marinhos.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, a inação em relação ao desenvolvimento da economia do mar pode perpetuar desigualdades regionais e sociais. Comunidades costeiras, que dependem da pesca e do turismo, continuarão a enfrentar dificuldades econômicas, enquanto o potencial do setor náutico permanecerá subutilizado. Além disso, a falta de regulamentação e fiscalização pode levar à degradação ambiental, afetando não apenas a biodiversidade, mas também a qualidade de vida das populações que dependem desses recursos.
💡 CAMINHOS
Para garantir um desenvolvimento sustentável da economia do mar, é fundamental implementar políticas públicas que integrem a proteção ambiental e o crescimento econômico. Isso inclui investimentos em infraestrutura portuária, capacitação profissional e incentivos para práticas de turismo sustentável. Exemplos de boas práticas podem ser observados em países que promovem a economia azul, como a criação de áreas marinhas protegidas e a regulamentação da pesca. A colaboração entre governo, setor privado e sociedade civil é essencial para construir um futuro próspero e sustentável para o Brasil.
Fonte:Senado Notícias