O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (7) o projeto de lei que prevê a transferência simbólica da capital do Brasil para Belém, entre os dias 11 e 21 de novembro de 2025. Durante esse período, os três Poderes da República poderão realizar suas atividades institucionais e governamentais na sede da trigésima Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 30. A proposta, que já passou pela Câmara dos Deputados, agora aguarda sanção presidencial. A iniciativa visa destacar a importância da Amazônia e das questões climáticas em um evento de grande relevância internacional, promovendo um diálogo sobre sustentabilidade e proteção ambiental. A transferência simbólica também busca engajar a sociedade civil e as comunidades locais nas discussões sobre mudanças climáticas, ressaltando a necessidade de ações concretas para enfrentar os desafios ambientais que o Brasil e o mundo enfrentam. A expectativa é que a realização da COP 30 em Belém atraia atenção global para as questões ambientais e para a importância da Amazônia na luta contra as mudanças climáticas.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A transferência simbólica da capital para Belém, embora tenha um caráter positivo ao destacar a Amazônia, levanta preocupações sobre a efetividade das ações climáticas. O risco de que essa mudança se torne apenas um evento cerimonial, sem impacto real nas políticas públicas, é alarmante. O Brasil precisa de ações concretas e comprometidas para enfrentar a crise climática, e não apenas de simbolismos que podem desviar a atenção das questões urgentes que afetam a população e o meio ambiente.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, a manutenção do status quo pode resultar em um agravamento das desigualdades sociais e ambientais no Brasil. Comunidades vulneráveis, especialmente na Amazônia, continuarão a sofrer os impactos das mudanças climáticas sem o suporte necessário. Além disso, a falta de ações efetivas pode comprometer a credibilidade do Brasil em fóruns internacionais, prejudicando sua posição como líder nas discussões sobre sustentabilidade e proteção ambiental, o que pode ter repercussões negativas para a imagem do país.
💡 CAMINHOS
Para que a transferência simbólica da capital tenha um impacto real, é fundamental que o governo implemente políticas públicas robustas focadas na proteção ambiental e no desenvolvimento sustentável. Isso inclui a criação de incentivos para práticas agrícolas sustentáveis, a promoção de energias renováveis e o fortalecimento da fiscalização ambiental. Exemplos de boas práticas, como os programas de reflorestamento e a valorização de saberes locais, devem ser ampliados. Além disso, é crucial envolver a sociedade civil nas discussões e decisões, garantindo que as vozes das comunidades afetadas sejam ouvidas e respeitadas.
Fonte:Senado Notícias