Senado aprova projeto que inclui braile em material eleitoral

O Plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (1º) o projeto de lei que determina que parte do material impresso de candidatos em eleições majoritárias deve incluir folhetos e volantes em braile. A proposta, de autoria do senador Romário (PL-RJ) e relatada por Eduardo Braga (MDB-AM), visa garantir que pessoas com deficiência visual tenham acesso às informações sobre os candidatos e suas propostas. O projeto já havia sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e agora segue para análise na Câmara dos Deputados. Além disso, uma emenda proposta por Braga estabelece a idade mínima para candidaturas, alinhando a legislação eleitoral à interpretação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para o Executivo, a idade mínima será considerada na data da posse, enquanto para as câmaras municipais, a regra atual de registro permanece. A proposta busca evitar manipulações que possam distorcer a elegibilidade, promovendo maior transparência e justiça no processo eleitoral.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A aprovação do projeto que inclui material em braile nas eleições majoritárias é um passo importante, mas revela a urgência de garantir a acessibilidade plena nas práticas democráticas. A exclusão de pessoas com deficiência visual do processo eleitoral é uma violação de seus direitos fundamentais e compromete a representatividade. É essencial que as instituições se comprometam com a inclusão, assegurando que todos os cidadãos possam participar ativamente das decisões políticas.

⚠️ INÉRCIA

Se o status quo se mantiver, a exclusão de pessoas com deficiência visual continuará a ser uma barreira significativa à sua participação política. Isso não apenas perpetua desigualdades sociais, mas também enfraquece a democracia, que deve ser inclusiva e representativa. A falta de medidas concretas para garantir acessibilidade pode resultar em um desinteresse crescente por parte desse grupo, comprometendo a legitimidade das eleições e a confiança nas instituições.

💡 CAMINHOS

Para garantir a inclusão efetiva de pessoas com deficiência no processo eleitoral, é fundamental que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) implemente diretrizes claras sobre a produção de material acessível. Além disso, campanhas de conscientização sobre a importância da participação política das pessoas com deficiência devem ser promovidas. Exemplos de boas práticas incluem a utilização de tecnologia assistiva e a capacitação de equipes eleitorais para atender às necessidades específicas desse público. O fortalecimento da sociedade civil e a colaboração com organizações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência também são essenciais para garantir um ambiente democrático mais inclusivo.

Fonte:Senado Notícias
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