Senado aprova projeto que cria Estatuto da Vítima

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou o projeto de lei 3.890/2020, que institui o Estatuto da Vítima, garantindo direitos fundamentais às pessoas afetadas por crimes. O projeto, relatado pelo senador Weverton (PDT-MA), assegura proteção, informação, apoio e assistência às vítimas, além de prever que elas sejam notificadas sobre a prisão, soltura ou fuga dos autores dos crimes. A proposta também institucionaliza a justiça restaurativa, promovendo um enfoque mais humano e reparador nas relações entre vítimas e agressores. Com a aprovação na CDH, o projeto segue agora para o Plenário do Senado em regime de urgência, o que pode acelerar sua tramitação. A criação do Estatuto da Vítima é vista como um passo importante para fortalecer os direitos das vítimas no Brasil, um país que enfrenta altos índices de violência e impunidade. A expectativa é que a nova legislação contribua para uma maior proteção e respeito aos direitos humanos, além de promover uma cultura de justiça mais inclusiva e restaurativa.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A aprovação do Estatuto da Vítima é um avanço significativo, mas também revela a urgência de se garantir direitos básicos às vítimas de crimes no Brasil. Em um contexto de alta criminalidade e impunidade, a falta de proteção e apoio às vítimas é alarmante. Sem um marco legal que assegure esses direitos, as vítimas permanecem vulneráveis e desprotegidas, o que pode agravar o ciclo de violência e injustiça social.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, as vítimas de crimes continuarão a sofrer com a falta de apoio e informações essenciais sobre os processos judiciais. Isso não apenas perpetua a sensação de insegurança e desamparo, mas também pode levar à revitimização, onde as vítimas se sentem ignoradas e desconsideradas pelo sistema de justiça. A manutenção do status quo impacta diretamente a confiança da sociedade nas instituições, comprometendo a democracia e a proteção dos direitos humanos.

💡 CAMINHOS

Para garantir a efetividade do Estatuto da Vítima, é fundamental implementar políticas públicas que promovam a capacitação de profissionais da justiça e segurança, além de criar canais de comunicação eficientes entre vítimas e autoridades. Exemplos de boas práticas incluem programas de apoio psicológico e jurídico, como os já existentes em algumas cidades, que podem ser expandidos. A colaboração entre o Estado, a sociedade civil e o setor privado é essencial para construir uma rede de proteção robusta e eficaz para as vítimas de crimes.

Fonte:Senado Notícias
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