O Senado Federal autorizou, na terça-feira (7), a contratação de um empréstimo de US$ 64 milhões (aproximadamente R$ 342 milhões) do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) para o município de Feira de Santana, na Bahia. Os recursos serão aplicados no Programa de Drenagem Urbana Sustentável e Mobilidade Eficiente, que inclui a construção de viadutos e obras de drenagem para prevenir inundações. O senador Otto Alencar (PSD-BA) destacou a capacidade do município de arcar com o empréstimo e a importância do investimento em drenagem e saneamento. O projeto também prevê o reassentamento de famílias afetadas pelas obras, além de estudos técnicos e programas voltados para gênero e diversidade. A transferência dos recursos será feita em cinco parcelas até 2029, com devolução semestral em até 174 meses. A iniciativa é vista como uma contribuição significativa para a infraestrutura da cidade, que é o segundo maior município da Bahia, atrás apenas da capital, Salvador.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A autorização do empréstimo de US$ 64 milhões para Feira de Santana é um passo importante, mas levanta preocupações sobre a gestão e a transparência na aplicação desses recursos. A urgência reside na necessidade de garantir que as obras de drenagem e saneamento sejam realizadas de forma eficiente e que as comunidades afetadas sejam adequadamente reassentadas, evitando assim a perpetuação de desigualdades sociais e ambientais.
⚠️ INÉRCIA
Se o status quo se mantiver, a falta de investimentos adequados em infraestrutura pode resultar em sérios problemas para a população de Feira de Santana, como inundações recorrentes e deterioração da qualidade de vida. As comunidades mais vulneráveis, que frequentemente são as mais afetadas por desastres naturais, continuarão a sofrer com a falta de serviços básicos, exacerbando as desigualdades sociais e prejudicando o desenvolvimento sustentável da região.
💡 CAMINHOS
Para garantir que o empréstimo traga benefícios reais à população, é essencial implementar um sistema de monitoramento e avaliação rigoroso, com a participação da sociedade civil. Além disso, a criação de um comitê de acompanhamento, envolvendo representantes da comunidade, pode assegurar que as obras atendam às necessidades locais. Exemplos de boas práticas em outras cidades, como a utilização de tecnologias de drenagem sustentável, podem ser adaptados para maximizar o impacto positivo do investimento.
Fonte:Senado Notícias