O Projeto de Lei 737/25, em análise na Câmara dos Deputados, propõe incluir o beneficiamento do minério de ferro extraído por meio de redução direta entre os projetos incentivados por debêntures de infraestrutura. Essa técnica, que utiliza gás natural em vez de coque, promete reduzir significativamente as emissões de dióxido de carbono (CO₂) em comparação aos métodos tradicionais de produção de aço. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), autor da proposta, enfatiza a urgência de ações para mitigar o impacto ambiental do setor siderúrgico, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. Atualmente, a produção de aço em altos-fornos gera cerca de 2 toneladas de CO₂ para cada tonelada de aço, enquanto o método de redução direta pode reduzir essa taxa pela metade. O projeto ainda precisa passar pelas comissões de Administração e Serviço Público, além da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado na Câmara e no Senado para se tornar lei. A proposta reflete uma crescente preocupação com a sustentabilidade e a necessidade de um setor industrial mais responsável em relação ao meio ambiente.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A urgência da proposta de lei reside na necessidade de reduzir as emissões de CO₂ no setor siderúrgico, que é um dos maiores contribuintes para o aquecimento global. O uso de métodos mais limpos, como a redução direta com gás natural, é crucial para mitigar os impactos ambientais e atender às metas climáticas globais. Ignorar essa questão pode comprometer não apenas a saúde do planeta, mas também a qualidade de vida das futuras gerações.
⚠️ INÉRCIA
Se o status quo for mantido, as emissões de gases do efeito estufa continuarão a aumentar, exacerbando as mudanças climáticas e seus efeitos devastadores. Comunidades vulneráveis, que já enfrentam os impactos das alterações climáticas, serão as mais afetadas, com aumento de desastres naturais, escassez de recursos hídricos e problemas de saúde pública. Além disso, o Brasil pode perder oportunidades de liderança em sustentabilidade e inovação industrial.
💡 CAMINHOS
Para enfrentar essa questão, é fundamental que o governo implemente políticas que incentivem a adoção de tecnologias limpas na indústria, como a redução direta do minério de ferro. Isso pode ser alcançado por meio de subsídios e incentivos fiscais, além de parcerias com a iniciativa privada e a sociedade civil. Exemplos de boas práticas incluem a promoção de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, bem como a criação de um marco regulatório que favoreça a transição para uma economia de baixo carbono.
Fonte:Câmara Notícias