Passageiros irritados, desorientados e cansados ainda esperavam, hoje (11), uma resolução das empresas áreas sobre o cancelamento de seus voos e a realocação para outros horários no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Pelo menos 110 voos tinham sido cancelados no aeroporto até as 15h30 devido aos ventos fortes que atingiram a Grande São Paulo por conta da passagem de um ciclone pela região.
Sentado no chão do terminal, enquanto sua esposa descansava deitada ao seu lado, o advogado Wagner Martins Pereira quase não conseguia contar sua história devido ao cansaço e à falta de voz. Na estrada desde a manhã de ontem (11), o casal voltava de Gramado, no Rio Grande Sul, para João Pessoa, na Paraíba.
Wagner Martins Pereira e a companheira aguardam para embarcar após voos cancelados e atrasos no Aeroporto de Congonhas. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Notícias relacionadas:Anac estende horário do Aeroporto Congonhas até as 23h59.Ventos fortes afetam pelo menos 110 voos em Congonhas nesta quinta.Ventania faz Congonhas cancelar 87 decolagens e 80 pousos.“Ainda em Porto Alegre, a Latam cancelou nosso voo e remarcou para hoje. Passamos a noite no aeroporto, dormindo no chão, porque a empresa não disponibilizou acomodação para nós. Chegamos hoje aqui em São Paulo e vamos esperar o dia inteiro porque nossa conexão para João Pessoa é só às 19h40. O esgotamento é absurdo e estamos loucos para chegar em casa. Espero que não cancelem nosso voo hoje, porque, pelo que escutei aqui, a situação só deve ser normalizada em três dias”, denunciou.
Joice Emanuele Barbosa e o noivo aguardam para embarcar após voos cancelados e atrasos no Aeroporto de Congonhas. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
A analista de Tecnologia da Informação Joice Emanuele Barbosa Gomes viaja com o noivo. O voo do casal para Recife estava marcado para as 21h de ontem e foi remarcado para as 23h37. Eles embarcaram, mas a torre do aeroporto informou que a aeronave não poderia mais decolar por conta do horário em que os passageiros terminaram de se acomodar (meia-noite).
“Ficamos até as 2h30 dentro do avião. Quando saímos, a fila estrava quilométrica e ficamos no aeroporto até as 3h30. Fomos para uma pousada e voltamos às 11h30 e desde então estamos esperando na fila para tentar entender como isso será resolvido. A Azul não está nos dando a assistência necessária”, criticou.
Luciana Tenani aguarda embarque após voos
