Ocupação no Brasil cai para 53,3% e renda média é preocupante

O Censo de 2022 revelou que a taxa de ocupação da população brasileira com 14 anos ou mais é de 53,3%, uma queda em relação aos 55,5% registrados em 2010. O analista do IBGE, João Hallack Neto, atribui essa diminuição à recuperação econômica lenta após a pandemia. Além disso, 11,1% dos adolescentes entre 14 e 17 anos e 14,9% das pessoas com 65 anos ou mais estavam empregados. Em termos de renda, o trabalhador brasileiro recebeu, em média, R$ 2.851 por mês, mas 35,3% ganhavam até um salário mínimo. Apesar de um leve avanço na proporção de trabalhadores com rendimentos entre 1 e 5 salários mínimos, a parcela de quem ganha acima de 5 salários mínimos caiu de 9,6% para 7,6%. O rendimento do trabalho representa 75,5% da renda mensal domiciliar, destacando a dependência da população em relação ao emprego formal e a necessidade de políticas públicas que promovam a inclusão e a melhoria das condições de trabalho.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A queda na taxa de ocupação da população brasileira para 53,3% é alarmante, especialmente em um contexto de recuperação econômica pós-pandemia. Essa situação revela um mercado de trabalho ainda fragilizado, onde muitos jovens e idosos estão inseridos em condições precárias. A dependência de rendimentos baixos, com 35,3% da população recebendo até um salário mínimo, expõe a vulnerabilidade social e a urgência de ações efetivas para garantir empregos dignos e bem remunerados.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, a manutenção desse cenário de baixa ocupação e rendimentos insuficientes perpetuará a desigualdade social e a exclusão econômica. Os mais afetados serão os jovens e os idosos, que já enfrentam dificuldades para se inserir no mercado de trabalho. Além disso, a dependência de rendimentos baixos pode levar a um aumento da pobreza e da precarização das condições de vida, comprometendo a estabilidade social e a confiança nas instituições.

💡 CAMINHOS

Para reverter essa situação, é fundamental implementar políticas públicas que incentivem a criação de empregos de qualidade e a valorização do trabalho. Isso inclui a promoção de programas de capacitação profissional, a regulamentação do trabalho informal e a ampliação do acesso a benefícios sociais. Exemplos de boas práticas podem ser encontrados em iniciativas que conectam jovens a estágios e aprendizados em empresas, além de incentivos fiscais para empresas que contratem trabalhadores em situação vulnerável. Um Estado eficiente, aliado a um mercado regulado e a uma sociedade civil ativa, pode transformar esse cenário.

Fonte:Agência Brasil
Compartilhe