MPF Denuncia CSN e Harsco por Crimes Ambientais em Volta Redonda

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma denúncia contra a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Harsco Metals Ltda. por crimes de poluição e destruição ambiental em Volta Redonda, no Sul Fluminense. Segundo a ação, as empresas têm realizado o descarte irregular de resíduos siderúrgicos ao longo de mais de 40 anos, afetando a saúde pública e áreas de preservação permanente. Laudos técnicos indicam que o pátio de armazenamento da CSN acumula mais de 5 milhões de toneladas de resíduos, contaminando o lençol freático com metais pesados e fenóis. O procurador da República, Jairo da Silva, destacou a gravidade da situação, que afeta mais de 40 mil moradores da região. O MPF pede uma indenização superior a R$ 430 milhões, sendo R$ 330,5 milhões por danos materiais e ecológicos e R$ 100 milhões por danos morais coletivos. A denúncia, se aceita pela Justiça Federal, poderá levar as empresas a responderem por crimes de poluição, sem a possibilidade de um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), dada a gravidade e a duração das irregularidades.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A denúncia do MPF revela um problema alarmante de poluição e degradação ambiental em Volta Redonda, onde a CSN e a Harsco têm descartado resíduos siderúrgicos de forma irregular por mais de quatro décadas. O acúmulo de mais de 5 milhões de toneladas de resíduos, que contaminam o lençol freático e afetam a saúde de milhares de moradores, é um claro indicativo de uma política corporativa irresponsável e de um descumprimento sistemático das normas ambientais.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, as consequências serão devastadoras para a saúde pública e o meio ambiente. Mais de 40 mil moradores da região estão expostos a riscos à saúde devido à contaminação do lençol freático e à poluição do ar. Além disso, a degradação das áreas de preservação permanente compromete a biodiversidade local e a qualidade de vida da população, perpetuando um ciclo de desigualdade e descaso com as comunidades afetadas.

💡 CAMINHOS

É fundamental que o Estado atue de forma eficaz para garantir a responsabilização das empresas envolvidas e a recuperação ambiental da região. A implementação de políticas públicas rigorosas de fiscalização e controle ambiental, aliadas a um diálogo com a sociedade civil e as comunidades afetadas, pode promover a recuperação das áreas degradadas. Exemplos de boas práticas incluem a criação de programas de compensação ambiental e a promoção de tecnologias limpas na indústria, que podem minimizar os impactos ambientais e promover um desenvolvimento sustentável.

Fonte:Agência Brasil
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