Representantes de movimentos sociais de 12 estados estão em Brasília para a Caravana pela Tarifa Zero, que ocorre de 6 a 10 de outubro. O objetivo é denunciar a crise no sistema de transporte público e defender a ampliação da tarifa zero em todo o país. Atualmente, 136 municípios adotam o modelo de transporte gratuito, enquanto em capitais como Brasília e São Paulo, a gratuidade é restrita a domingos e feriados. A caravana, que inclui aulas públicas, panfletagens e audiências, busca soluções estruturais para a crise no transporte, com apoio de sindicatos e partidos políticos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou um estudo sobre a tarifa zero ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Apesar do crescimento do modelo, a resistência é forte, especialmente em grandes cidades, como demonstrado pela rejeição de uma proposta em Belo Horizonte para a gratuidade total no transporte coletivo. A proposta previa a criação de uma Taxa de Transporte Público e outras fontes de arrecadação, mas não obteve apoio na Câmara Municipal.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A crise no sistema de transporte público brasileiro é alarmante, com a necessidade urgente de soluções estruturais. A Caravana pela Tarifa Zero destaca a insatisfação com o modelo atual, que não atende às demandas da população. A ampliação da tarifa zero é vista como uma forma de garantir o direito ao transporte acessível, mas enfrenta resistência política, especialmente nas grandes cidades, onde a desigualdade no acesso ao transporte é mais acentuada.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, a manutenção do status quo perpetuará a desigualdade no acesso ao transporte público, afetando principalmente as populações mais vulneráveis. A falta de investimento e inovação no sistema de transporte resultará em um aumento da insatisfação social e na deterioração da qualidade de vida nas cidades. Além disso, a resistência a propostas como a tarifa zero pode levar a um agravamento da crise, com impactos diretos na mobilidade urbana e na economia local.
💡 CAMINHOS
Para enfrentar a crise no transporte público, é fundamental promover um diálogo entre governo, sociedade civil e setor privado. A ampliação da tarifa zero pode ser viável por meio de um modelo de financiamento que inclua taxas sobre grandes empresas e publicidade. Exemplos de cidades que implementaram a tarifa zero com sucesso devem ser estudados e adaptados à realidade brasileira. Além disso, é essencial fortalecer a participação popular na formulação de políticas de transporte, garantindo que as vozes dos movimentos sociais sejam ouvidas e consideradas.
Fonte:Agência Brasil