Em 2023, as 124 maiores marcas de moda do mundo emitiram aproximadamente 1,1 bilhão de toneladas de gás carbônico (CO₂), superando as emissões anuais combinadas de países como Vietnã e Bangladesh. Apesar das promessas de redução, apenas 29% dessas empresas conseguiram demonstrar uma diminuição real em suas emissões, conforme aponta o relatório “What Fuels Fashion?” do Fashion Revolution, que analisa os impactos socioambientais da indústria da moda. O relatório destaca que o principal responsável por essas emissões não está nas vitrines, mas na produção, onde a demanda por energia térmica é exorbitante. Processos como tingimento e secagem de tecidos dependem da queima de combustíveis fósseis, especialmente carvão, para gerar o calor necessário. Essa prática não apenas contribui significativamente para as emissões do setor, mas também coloca os trabalhadores em condições de trabalho potencialmente tóxicas e insalubres. Embora existam tecnologias disponíveis para substituir os combustíveis fósseis, a indústria ainda enfrenta desafios para implementar mudanças sustentáveis em sua cadeia produtiva.
Fonte:Repórter Brasil