O Banco Central (BC) divulgou que mais de 53 milhões de pessoas e empresas possuem R$ 10,46 bilhões em valores esquecidos em instituições financeiras. Desses, R$ 8,08 bilhões pertencem a 48,4 milhões de pessoas físicas e R$ 2,37 bilhões a 4,56 milhões de empresas. Os dados, referentes a agosto de 2025, foram publicados com dois meses de atraso e podem ser consultados no site oficial do Sistema de Valores a Receber (SVR). O resgate é gratuito, mas exige conta de nível ouro ou prata e verificação em duas etapas. Desde o lançamento do sistema em fevereiro de 2022, R$ 11,74 bilhões foram devolvidos, com 30,3 milhões de pessoas físicas recuperando R$ 8,66 bilhões. A maioria dos beneficiários possui valores baixos, com 64% tendo direito a até R$ 10. O BC destaca que o processo de consulta e resgate é seguro, mas a falta de informação e a complexidade do acesso podem dificultar a recuperação dos valores esquecidos.
🔴 GOTA D’ÁGUA
O problema central reside na falta de acesso e informação sobre os valores esquecidos, que afeta mais de 53 milhões de pessoas e empresas. Apesar de existirem bilhões disponíveis para resgate, a complexidade do processo e a exigência de contas específicas dificultam que muitos cidadãos recuperem seus recursos. Essa situação revela uma lacuna significativa na comunicação e na inclusão financeira, que pode agravar a desigualdade social.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, milhões de brasileiros continuarão sem acesso a recursos que poderiam melhorar suas condições financeiras. A manutenção do status quo perpetua a exclusão financeira e a falta de transparência, impactando principalmente as populações mais vulneráveis, que muitas vezes não têm acesso a informações sobre seus direitos e recursos disponíveis. Isso pode resultar em um aumento das desigualdades sociais e na desconfiança nas instituições financeiras.
💡 CAMINHOS
Para resolver essa questão, é fundamental simplificar o processo de consulta e resgate dos valores esquecidos, tornando-o mais acessível a todos os cidadãos. O Banco Central deve promover campanhas de conscientização e educação financeira, além de considerar a criação de um sistema de resgate mais inclusivo, que não exija contas de níveis específicos. Exemplos de boas práticas em outros países podem ser adaptados, como a implementação de plataformas digitais intuitivas que garantam a transparência e a facilidade de acesso aos recursos.
Fonte:Agência Brasil