Justiça do Trabalho determina ações contra trabalho escravo na JBS Aves

Uma liminar da Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul, publicada em 30 de outubro de 2023, exige que a JBS Aves implemente medidas para combater o trabalho escravo em suas granjas fornecedoras. A decisão, que pode ser contestada pela empresa, é resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que busca uma indenização de R$ 20 milhões por danos morais coletivos. A investigação foi desencadeada após uma fiscalização que identificou práticas de trabalho escravo em uma granja em Arvorezinha, a cerca de 200 quilômetros de Porto Alegre. Além das implicações legais, a situação gerou uma crise no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), liderado por Luiz Marinho, próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em resposta à decisão de Marinho sobre a inclusão da JBS na Lista Suja do trabalho escravo, 19 auditores fiscais do MTE renunciaram a cargos de coordenação, o que pode atrasar operações de resgate de trabalhadores e a colaboração com outras agências, como a Polícia Federal e o MPT. A JBS Aves, por sua vez, afirmou que está tomando medidas para investigar as denúncias e garantir a conformidade trabalhista.

Fonte:Repórter Brasil
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