Em setembro, a JBS Aves, parte da maior processadora de carne do mundo, foi retirada da Lista Suja do trabalho escravo, após uma decisão controversa do ministro do Trabalho. A medida levanta questões sobre a eficácia do sistema de combate ao trabalho escravo no Brasil, especialmente em relação a grandes empresas. A Lista Suja, que expõe pessoas e empresas autuadas por práticas de trabalho escravo, é utilizada por instituições financeiras e empresas para avaliação de riscos. Por sua vez, o laticínio DPA, que pertence à Lactalis, já havia conseguido evitar sua inclusão na lista por meio de uma ação judicial. Desde março, a DPA tenta anular uma inspeção que a vinculou a um caso de trabalho escravo em Salto, ocorrido em 2018. A empresa obteve uma decisão favorável em primeira instância, mas o Ministério do Trabalho, por meio da Advocacia-Geral da União, já recorreu da decisão. Esses casos evidenciam as dificuldades enfrentadas pelas autoridades para responsabilizar grandes corporações por violações trabalhistas no Brasil.
Fonte:Repórter Brasil