Israel começa a libertar presos palestinos

Israel começou a libertar, nesta segunda-feira (13), quase dois mil palestinos que estavam presos, conforme previsto no acordo de cessar fogo com o movimento de resistência islâmica Hamas.

Pelo acordo, Israel deveria libertar 250 palestinos condenados por assassinato e outros crimes graves, bem como 1.700 palestinos detidos em Gaza desde o início da guerra. Também estava prevista a libertação de 22 menores palestinos, além dos corpos de 360 militantes.

Notícias relacionadas:Corte de cabos no Mar Vermelho interrompe internet no Oriente Médio.Representantes de Israel e Palestina no Brasil comentam plano de paz.Três pessoas são presas pela PM em ato pró-Palestina no DF.Segundo o Hamas, 154 prisioneiros foram deportados para o Egito. De acordo com a agência de notícias Reuters, os libertados não incluem comandantes graduados do Hamas ou algumas das figuras mais proeminentes de outras facções – situação que acabou resultando em críticas de parentes de alguns desses detidos. 

Chegada

Parte dos libertados chegou de ônibus na Cisjordânia e em Gaza, após o Hamas ter libertado os últimos 20 reféns vivos levados durante os ataques de 7 de outubro de 2023.

Segundo a Reuters, durante a chegada os prisioneiros libertados chegaram em ônibus, alguns deles posando nas janelas, exibindo cartazes V de Vitória. Na sequência, foram encaminhados para fazer exames médicos.

Hamas

Em nota, o Hamas informou ter feito “todos os esforços para preservar a vida dos prisioneiros da ocupação”, enquanto, no caso dos prisioneiros palestinos, eles teriam sido “submetidos a todas as formas de violações, incluindo abusos, tortura e assassinatos”.

O Hamas, no entanto, reafirmou seu compromisso com o cumprimento das obrigações previstas no acordo intermediado pelos Estados Unidos e países árabes.

“A libertação de nossos prisioneiros, incluindo aqueles que cumprem penas de prisão perpétua e de alta pena, é fruto do heroísmo e da firmeza do povo em Gaza e de sua valente resistência”, diz a nota assinada pelo Hamas.

Ainda segundo a nota, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu exército “não conseguiram libertar seus prisioneiros à força e foram forçados a se submeter aos termos da resistência, que confirmavam que o retorno de seus soldados capturados só poderia ser alcançado por meio de um acordo de troca e do fim da guerra genocida”.

Prisioneiro palestino libertado por Israel abraça parentes em Ramallah, na Cisjordânia, ocupada por Israel

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