Indústria de Máquinas Enfrenta Desaceleração e Desafios Externos

A receita de vendas da indústria de máquinas e equipamentos no Brasil alcançou R$ 200,8 bilhões nos primeiros oito meses de 2025, representando um crescimento de 10,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, a desaceleração é evidente, com um aumento de apenas 12,7% nas vendas internas e uma queda de 5,6% em agosto em comparação ao ano passado. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) atribui essa desaceleração à política monetária contracionista e ao impacto do tarifaço dos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros. As exportações totalizaram US$ 8,3 bilhões, com uma leve queda de 0,1%, mas com crescimento nas vendas para a América do Sul, especialmente Argentina, Chile e Peru. A mudança nos destinos das exportações é notável, com uma queda de 9% nas vendas para a América do Norte, enquanto a Europa e a América do Sul apresentaram crescimento significativo. A Abimaq prevê que a tendência de desaceleração deve continuar nos próximos meses, refletindo as condições econômicas desafiadoras.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A desaceleração nas vendas da indústria de máquinas e equipamentos é um sinal preocupante para a economia brasileira. O crescimento de 10,6% nos primeiros oito meses de 2025, embora positivo, esconde uma queda de 5,6% em agosto, evidenciando a fragilidade do setor diante de políticas externas e internas. O tarifaço dos EUA e a política monetária contracionista podem comprometer a competitividade e a sustentabilidade do setor, afetando diretamente o emprego e a inovação.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, a continuidade dessa desaceleração poderá resultar em perdas significativas para a indústria nacional, afetando não apenas as empresas do setor, mas também os trabalhadores e suas famílias. A redução nas vendas pode levar a demissões e a um aumento do desemprego, além de impactar a capacidade de investimento em inovação e tecnologia, essenciais para a competitividade do Brasil no mercado global.

💡 CAMINHOS

Para reverter essa situação, é fundamental que o governo implemente políticas de incentivo à indústria, como a redução de impostos sobre insumos e a facilitação do acesso ao crédito. Além disso, é necessário fortalecer acordos comerciais com países da América do Sul e diversificar os mercados de exportação. Exemplos de boas práticas incluem a promoção de feiras internacionais e a criação de programas de capacitação para trabalhadores, visando aumentar a competitividade e a inovação no setor.

Fonte:Agência Brasil
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