UM RELATÓRIO divulgado nesta quarta-feira (15) pela organização Human Rights Watch revela que fazendas ilegais dentro de territórios de pequenos agricultores e povos indígenas no Pará, estado que sediará a COP30, venderam gado para fornecedores diretos da JBS.
No estudo “Gado sujo: a JBS e a exposição da UE a violações dos direitos humanos e ao desmatamento ilegal no Pará, Brasil”, a Human Rights Watch documentou a expansão da pecuária na Terra Indígena Cachoeira Seca, do povo Arara, e no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Terra Nossa, destinado a pequenos agricultores que praticam atividades sustentáveis.
Segundo a organização, pecuaristas se apropriaram ilegalmente de terras e devastaram os meios de subsistência dos moradores dos dois territórios. Das fazendas ilegais dentro das duas áreas, o gado foi vendido para fornecedores diretos das unidades da JBS em Marabá (PA), Colíder (MT) e Andradina (SP).
A Human Rights Watch estabeleceu a conexão entre cinco fazendas ilegais dentro dois territórios e abatedouros da JBS por meio da análise de guias de trânsito animal emitidas pelo governo do estado do Pará entre 2019 e 2022. A sistematização desses dados contou com a colaboração da Repórter Brasil.
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A carne bovina e couro produzidos com gado proveniente de fazendas ilegais da região podem ter sido, inclusive, exportados pela JBS para a União Europeia, apontou a organização. “A JBS deve assumir a sua responsabilidade, mesmo que não intencional, de sua contribuição para o desmatamento ilegal e violações de direitos humanos”, disse Luciana Téllez Chávez, pesquisadora sênior de meio ambiente da Human Rights Watch, durante a coletiva de imprensa para o lançamento do relatório.
No relatório, a Human Rights Watch não detalhou o nome das fazendas que venderam e receberam o gado criado ilegalmente dentro dos territórios. “Várias fontes informaram a Human Rig
