A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, anunciou que o governo federal está empenhado em garantir que todos os estados brasileiros tenham secretarias de Políticas para as Mulheres até o final de 2023. Durante uma entrevista à Agência Brasil, Lopes destacou a importância da criação dessas secretarias, especialmente em estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Roraima, que ainda não possuem representação dedicada à proteção das mulheres e à promoção da igualdade de gênero. A ministra também mencionou a necessidade de um Sistema Nacional de Política para as Mulheres, que funcionaria de forma semelhante ao Sistema Único de Saúde (SUS), assegurando que as políticas sejam implementadas de maneira uniforme em todo o país. Além disso, um acordo de cooperação técnica foi assinado entre o Ministério das Mulheres, o Ministério da Justiça e a Defensoria Pública, com o objetivo de intensificar ações de enfrentamento à violência contra as mulheres. A criação de um sistema formal e institucionalizado é vista como um avanço significativo para a política pública de gênero no Brasil, promovendo a continuidade das ações independentemente de mudanças de governo.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A ausência de secretarias de Políticas para as Mulheres em alguns estados brasileiros representa um risco significativo para a proteção e promoção dos direitos das mulheres. Sem essas estruturas, iniciativas essenciais para combater a violência de gênero e promover a igualdade são prejudicadas. A urgência em estabelecer essas secretarias é evidente, pois a falta de representação institucional compromete a implementação de políticas públicas eficazes e a mobilização social em torno dos direitos das mulheres.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, a manutenção do status quo resultará em um cenário de invisibilidade e desamparo para as mulheres em estados sem secretarias dedicadas. Isso perpetuará a desigualdade de gênero e a violência, afetando diretamente a vida de milhares de mulheres que não terão acesso a serviços e políticas de proteção. A falta de uma estrutura formalizada também pode levar à fragmentação das ações, dificultando a articulação entre diferentes esferas de governo e a sociedade civil.
💡 CAMINHOS
Para reverter essa situação, é fundamental que o governo federal implemente um plano de ação que inclua a criação imediata das secretarias de Políticas para as Mulheres nos estados faltantes. Além disso, a formalização de um Sistema Nacional de Política para as Mulheres deve ser priorizada, garantindo recursos e estrutura para a atuação contínua dessas secretarias. Exemplos de boas práticas em outros países podem ser adaptados, como a criação de conselhos de direitos e a promoção de campanhas de conscientização sobre igualdade de gênero, envolvendo a sociedade civil e o setor privado.
Fonte:Agência Brasil