Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) nesta quinta-feira (11), Ahmed Mohamad Oliveira, ex-ministro da Previdência Social e ex-presidente do INSS, revelou que o instituto não possui condições adequadas para fiscalizar os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) firmados com outras entidades. Oliveira, que atuou como diretor de Benefícios do INSS, afirmou que o processo de análise e assinatura desses acordos era ‘mecânico’ e distante, sem a devida supervisão necessária para garantir a execução correta das parcerias. Durante a sessão, o relator da comissão, deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), questionou Oliveira sobre os critérios utilizados para a validação dos ACTs. O ex-ministro admitiu que a análise era superficial, com as solicitações sendo tratadas de forma automatizada, sem uma avaliação crítica das implicações. Oliveira, que presidiu o INSS de novembro de 2021 a março de 2022, enfatizou que, apesar de reconhecer a falta de fiscalização, concordou com a assinatura dos acordos, o que levanta preocupações sobre a gestão e a transparência das operações do instituto durante sua administração.
Fonte:Agência Brasil