O empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti compareceu à CPMI do INSS nesta segunda-feira (6), onde respondeu a algumas perguntas do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), mas optou por permanecer em silêncio na maior parte do depoimento, amparado por um habeas corpus do STF. Cavalcanti está sendo investigado no âmbito da Operação Sem Desconto, que apura um esquema de fraudes em aposentadorias e pensões do INSS. Durante a sessão, parlamentares questionaram suas movimentações financeiras e doações a campanhas políticas, levantando preocupações sobre a impunidade de figuras ligadas ao esquema. O relator e outros membros da comissão expressaram perplexidade diante da liberdade de Cavalcanti, enquanto outros envolvidos na operação permanecem presos. O caso destaca a necessidade de maior transparência e responsabilização em relação a fraudes previdenciárias, que afetam diretamente a confiança da população nas instituições e no sistema de seguridade social.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A situação de Fernando Cavalcanti, que se recusa a responder a perguntas cruciais sobre fraudes no INSS, levanta sérias preocupações sobre a impunidade no sistema. A utilização do direito ao silêncio, respaldada por um habeas corpus, pode indicar uma tentativa de obstrução da justiça e falta de responsabilização de figuras influentes. Isso não apenas compromete a investigação, mas também mina a confiança pública nas instituições responsáveis pela proteção dos direitos previdenciários.
⚠️ INÉRCIA
Se a situação permanecer inalterada, a impunidade de empresários e advogados envolvidos em fraudes previdenciárias poderá se consolidar, prejudicando a credibilidade do sistema de seguridade social. A falta de responsabilização pode desencorajar denúncias e agravar a percepção de que a justiça é seletiva, afetando especialmente os aposentados e pensionistas que dependem do INSS. Além disso, a continuidade desse cenário pode fortalecer a cultura de corrupção e desvio de recursos públicos.
💡 CAMINHOS
Para enfrentar essa crise de confiança, é essencial implementar medidas que garantam maior transparência e responsabilização. Isso inclui fortalecer a atuação da CPMI, com a ampliação de investigações e a proteção de denunciantes. Além disso, é fundamental promover a educação financeira e previdenciária da população, para que os cidadãos possam identificar e denunciar fraudes. Exemplos de boas práticas em outros países, como a criação de canais de denúncia anônimos e a cooperação entre agências governamentais, podem ser adaptados ao contexto brasileiro para melhorar a eficácia das investigações.
Fonte:Senado Notícias