Em atos realizados no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Maranhão, manifestantes protestaram nesta sexta-feira (31) contra a Operação Contenção, ação policial realizada na capital fluminense nesta semana e que deixou 121 mortos, considerada a mais letal da história do país.
Rio de Janeiro (RJ), 31/10/2025 – Moradores da Vila Cruzeiro em manifestação de repúdio à Operação Contenção. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
No Rio, moradores dos complexos da Penha e do Alemão e de outras favelas do Rio de Janeiro fizeram uma caminhada. Mesmo debaixo de chuva, milhares de pessoas se reuniram em um campo de futebol, na Vila Cruzeiro, uma das comunidades do Complexo da Penha.
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São Paulo
Em manifestação (foto em destaque) na Avenida Paulista, o movimento negro reivindicou a federalização da investigação da ação policial, além da criminalização do governador Cláudio Castro e dos policiais militares.
“Pela federalização das investigações e a criação de políticas de acolhimento e acesso à justiça para as famílias vítimas da violência. Por reparação aos moradores por danos morais e psicológicos dessa política genocida do Estado brasileiro”, destacou Douglas Belchior, da Coalizão Negra por Direitos, e da União de núcleos de educação popular pré-vestibulares para a juventude negra, indígena e periférica (Uneafro Brasil).
O ato teve início em frente ao prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e partiu em passeata em direção a Rua da Consolação. Entre as entidades participantes, estavam o Movimento Negro Unificado (MNU), a Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, a União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), entidades sindicais e de movimentos populares.
“Mataram em um dia mais do que em Gaza. Lá é declarada a guerra, aqui não, mas ela existe, sempre existiu. Estamos aqui para fazer o combate. Mas sem armas de fogo. Com os nossos cérebros e com a com a força dos movimentos sociais e da população”, disse Zezé Menezes, fundadora da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo.
Maranhão
Em São Luís, os movimentos sociais se reuniram na Praça Deodoro, no centro, com cartazes, faixas e bandeiras criticando a violência policia
