Educação Avança, mas Produtividade do Trabalhador Brasileiro Estagna

Dados recentes do IBGE revelam um aumento significativo na educação entre os brasileiros com 25 anos ou mais, com a taxa de conclusão do ensino superior subindo de 6,8% em 2000 para 18,4% em 2022. Além disso, a porcentagem de pessoas sem ensino fundamental completo caiu de 63,2% para 35,2% no mesmo período. Apesar desses avanços, a produtividade do trabalhador brasileiro permanece estagnada, com uma taxa média de crescimento de apenas 0,6% ao ano nos últimos 40 anos, uma das mais baixas do mundo. Especialistas, como Paulo Feldmann, professor da FEA/USP, destacam que a educação, embora essencial, não é o único fator que determina a produtividade. A relação entre o PIB e o número de trabalhadores é complexa, e a falta de tecnologia e inovação também desempenha um papel crucial. Feldmann ilustra essa questão ao comparar a construção civil no Brasil e na Coreia do Sul, onde a aplicação de tecnologia permite que os trabalhadores realizem tarefas em um tempo significativamente menor. Essa estagnação na produtividade sugere que, para impulsionar o crescimento econômico, é necessário abordar uma série de fatores interligados além da educação.

Fonte:FECOMERCIO Notícias
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