Desigualdade racial e de gênero agrava insegurança alimentar no Brasil

Uma nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE, revela que a fome afeta desproporcionalmente lares chefiados por pessoas pretas e pardas no Brasil. Em 2024, 73,8% dos 2,5 milhões de domicílios em condição de insegurança alimentar grave são chefiados por essas populações, que representam 45,1% dos lares do país. Além disso, a pesquisa destaca a desigualdade de gênero, com 57,6% dos lares em situação de fome sendo chefiados por mulheres. A insegurança alimentar, que inclui desde a preocupação com o acesso aos alimentos até a falta deles, afeta severamente a qualidade de vida e a saúde das famílias. Os dados evidenciam a necessidade urgente de políticas públicas que abordem as desigualdades raciais e de gênero, promovendo a inclusão e o acesso a alimentos de qualidade para todos os brasileiros.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A pesquisa do IBGE revela um problema alarmante: a fome no Brasil é uma questão racial e de gênero. A cada quatro lares em situação de insegurança alimentar grave, três são chefiados por pessoas pretas ou pardas. Essa realidade não é apenas uma estatística; é um reflexo de desigualdades estruturais que perpetuam a vulnerabilidade dessas populações, exigindo uma resposta imediata e eficaz do Estado e da sociedade.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, a manutenção do status quo resultará em um aumento da desigualdade social e racial no Brasil. As comunidades mais afetadas, compostas em sua maioria por pessoas pretas e pardas, continuarão a enfrentar a insegurança alimentar, o que comprometerá a saúde e o desenvolvimento de crianças e adultos. Além disso, a falta de ação pode levar a um ciclo vicioso de pobreza e exclusão, minando a coesão social e a estabilidade democrática.

💡 CAMINHOS

Para enfrentar a insegurança alimentar, é fundamental implementar políticas públicas que garantam o acesso a alimentos de qualidade, especialmente para as populações mais vulneráveis. Exemplos de boas práticas incluem a ampliação de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e a criação de redes de distribuição de alimentos em comunidades. Além disso, é essencial promover a educação alimentar e a capacitação profissional, fortalecendo a autonomia das famílias e combatendo as desigualdades raciais e de gênero.

Fonte:Agência Brasil
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