A superação das desigualdades na aprendizagem de crianças e jovens nas escolas brasileiras é um desafio estrutural, segundo André Lázaro, diretor de Políticas Públicas da Fundação Santillana. Em um cenário onde a educação ainda é vista como uma herança de classe, Lázaro destaca a necessidade de entender os processos que resultam em baixos índices de aprendizagem, especialmente entre os 20% mais pobres da população. Dados recentes revelam que apenas 2,4% dos jovens do 3º ano do ensino médio dessa faixa conseguiram aprendizado adequado em matemática e língua portuguesa em 2023, em contraste com 16,3% entre os 20% mais ricos. Lázaro também aponta que as disparidades se acentuam quando se considera o contexto urbano e rural, além das questões raciais. Ele enfatiza que a população negra enfrenta desvantagens significativas no acesso à educação de qualidade, o que é inaceitável em uma sociedade que busca a igualdade. Com 5 milhões de matrículas em áreas rurais, a promoção da equidade na educação se torna ainda mais urgente, exigindo ações efetivas para garantir que a educação seja um direito de todos, independentemente de classe social ou localização geográfica.
Fonte:Agência Brasil