O cenário econômico global continua a apresentar desafios significativos, especialmente em função da inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos, que levanta incertezas sobre a desaceleração e a desinflação. Os bancos centrais das principais economias estão focados em alinhar as taxas de inflação às suas metas, mesmo diante de pressões nos mercados de trabalho. Essa situação exige cautela, especialmente para países emergentes que enfrentam um ambiente de menor sincronia nas políticas monetárias. No Brasil, os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho têm mostrado um desempenho mais robusto do que o esperado, levando a uma reavaliação do hiato econômico. Contudo, a inflação medida pelo IPCA e outras métricas de inflação subjacente estão acima das metas estabelecidas. As expectativas de inflação para 2024 e 2025, conforme a pesquisa Focus, estão em torno de 4,4% e 4,0%, respectivamente, enquanto a projeção do Copom para o primeiro trimestre de 2026 é de 3,5%. O Comitê observa uma assimetria altista nos riscos inflacionários, destacando a necessidade de monitorar os impactos da política fiscal e as condições econômicas internas e externas.
Fonte:Bacen Notícias