O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (PT-RS). e o deputado Rogério Correia (PT-MG) protocolaram requerimentos para a decretação da prisão preventiva do ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB) Felipe Macedo Gomes.
Os pedidos foram apresentados depois que, na segunda-feira (20), o ex-presidente permaneceu em silêncio na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, recusando-se a prestar esclarecimentos aos integrantes do colegiado.
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Segundo as investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), a Amar Brasil movimentou R$ 143 milhões entre 2022 e 2024, de acordo com as autoridades, 96,9% dos aposentados afirmaram não ter autorizado os débitos.
“A manutenção da liberdade de Felipe Macedo Gomes representa risco concreto à ordem pública, diante dos indícios de forte influência política e considerável poder econômico de que dispõe. É de conhecimento público que Felipe Macedo mantém trânsito facilitado em círculos políticos relevantes, o que eleva o risco de fuga do país e pode comprometer o êxito das investigações”, justificou Correia no requerimento protocolado ontem (21).
Já o deputado Paulo Pimenta apresentou requerimentos nesta quarta-feira (22) pedindo, além da prisão preventiva de Felipe Macedo Gomes, as prisões preventivas de Igor Dias Delecrode, Anderson Cordeiro, Américo Monte e Marco Aurélio Gomes Junior. Eles teriam comandado, direta ou indiretamente, a AMAR Brasil, Master Prev, ANDAPP e AASAP.
Deputados Paulo Pimenta e Rogério Correia durante sessão da CPMI do INSS. Foto: José Cruz/Agência Brasil
O vice-líder do governo na Câmara também pediu a decretação de medidas cautelares diversas da prisão de proibição de ausentar-se do país e retenção dos passaportes dos investigados.
Segundo o deputado, as investigações e a conduta dos investigados demonstram a “materialidade delitiva” e os indícios sufici
