Deputados da Comissão de Finanças e Tributação solicitaram, em audiência pública, a divulgação dos nomes de postos de combustíveis envolvidos com o crime organizado, após a operação Carbono Oculto, que investiga a adulteração de combustíveis. O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que a divulgação só ocorrerá quando houver certeza da participação dos estabelecimentos, para evitar prejudicar inocentes. A operação, iniciada no final de agosto, pode ter movimentado R$ 80 bilhões e afetado até mil postos em dez estados, com a adição de metanol nos combustíveis. Barreirinhas destacou a importância da cautela, mencionando que operações anteriores resultaram em danos a empresas inocentes. Ele também explicou que o esquema financeiro envolvia pessoas sem ligação direta com os crimes, utilizando contas de fintechs e bancos tradicionais para movimentar o dinheiro. O secretário lembrou que, em resposta a operações anteriores contra contrabando e apostas ilegais, o governo havia tentado implementar normas para aumentar a transparência das fintechs, mas a medida foi revogada após preocupações sobre a taxação do Pix. A situação evidencia a complexidade do combate ao crime organizado no setor de combustíveis.
Fonte:Câmara Notícias