Durante uma audiência pública da Comissão de Legislação Participativa, especialistas e ativistas discutiram a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, enfatizando a urgência de um modelo de desenvolvimento que não dependa de combustíveis fósseis. O representante do Movimento Dendezê, Lucas Cardoso, alertou que, embora o Ministério de Minas e Energia estime arrecadar US$ 200 bilhões com o petróleo da Amazônia, essa riqueza não garante melhorias na qualidade de vida da população local. A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) citou Macaé (RJ) como exemplo de que a presença da indústria petrolífera não necessariamente resulta em progresso social, já que a pobreza aumentou na cidade, apesar dos altos royalties recebidos. Alessandra Cardoso, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), questionou os subsídios ao setor, que totalizam cerca de R$ 40 bilhões, e a falta de um projeto alternativo que priorize o desenvolvimento sustentável e a justiça social. O debate ressaltou a necessidade de repensar o modelo econômico para garantir um futuro viável para a Amazônia e o Brasil.
🔴 GOTA D’ÁGUA
O debate sobre a exploração de petróleo na Amazônia revela um problema central: a dependência de combustíveis fósseis como motor de desenvolvimento. A urgência reside na necessidade de um modelo econômico alternativo que priorize a sustentabilidade e a qualidade de vida da população local, em vez de apenas focar na arrecadação de royalties. A falta de um projeto claro e viável para a região pode levar a consequências irreversíveis para o meio ambiente e a sociedade.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, a manutenção do status quo resultará em um aprofundamento das desigualdades sociais e ambientais na Amazônia. A população local continuará a viver em condições precárias, mesmo com a exploração de recursos naturais. Além disso, a degradação ambiental e as emissões de carbono aumentarão, comprometendo não apenas a saúde da região, mas também a luta global contra as mudanças climáticas. A falta de alternativas sustentáveis pode levar a um colapso econômico e social.
💡 CAMINHOS
Para enfrentar esses desafios, é essencial promover um desenvolvimento sustentável que priorize a diversificação econômica e a proteção ambiental. O governo deve investir em energias renováveis e em projetos de economia circular, além de fortalecer a participação da sociedade civil na formulação de políticas públicas. Exemplos de boas práticas incluem iniciativas de ecoturismo e agricultura sustentável, que podem gerar empregos e renda sem comprometer o meio ambiente. A transparência na gestão dos recursos e a promoção de justiça social são fundamentais para garantir um futuro viável para a Amazônia.
Fonte:Câmara Notícias