Em um debate realizado pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, representantes de municípios com atividades mineradoras expuseram preocupações sobre o elevado custo de vida, a escassez de água e a sonegação de royalties. A prefeita de Canaã dos Carajás, Josemira Gadelha, destacou que o custo de vida em cidades mineradoras pode ser até 40% maior do que em outras localidades de porte semelhante, comparando os preços de aluguel e serviços a cidades como Belém, capital do Pará. Marco Antônio Lage, presidente da Associação dos Municípios Mineradores e prefeito de Itabira (MG), alertou para a crise hídrica que afeta sua cidade há mais de duas décadas, atribuindo a situação à mineração. Ele pediu uma revisão na Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), royalties que deveriam ser pagos pelas mineradoras. O debate também abordou a sonegação de R$ 20 bilhões em royalties, conforme apontado pelo Tribunal de Contas da União, e a operação da Polícia Federal que desarticulou um esquema de fraudes em licenciamentos ambientais envolvendo mais de 40 empresas.
Fonte:Câmara Notícias