Debate defende incorporação de novas tecnologias pelo setor de saúde

O fortalecimento da base produtiva e científica nacional é fundamental para garantir que o Sistema Único de Saúde (SUS) possa cumprir sua missão constitucional. A avaliação foi feita nesta segunda-feira (20) em audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) sobre os desafios do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e a incorporação de novas tecnologias no setor.
A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), que propôs a realização do debate, defendeu o fortalecimento do SUS e ressaltou que o setor precisa ter independência, autonomia e tecnologia para atender as demandas do país.
Mara destacou ainda que a criação de inovações pela indústria farmacêutica possibilita a cura das pessoas que mais precisam e favorece a inclusão social.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) lamentou os prejuízos causados pela corrupção no Brasil em detrimento da ciência. A senadora afirmou que os cientistas não são reconhecidos, o que provoca uma evasão de talentos do país. “Os maiores gênios do mundo estão nessa nação, mas não estão sendo valorizados”, ressaltou.
Desenvolvimento tecnológico
Em mensagem de vídeo encaminhada à comissão, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Leandro Safatle, ressaltou que as novas tecnologias que estão surgindo desafiam o sistema regulatório. Ele afirmou que o órgão vai estar ao lado do processo de inovação da indústria nacional e atuar como “facilitador do desenvolvimento”.
Gerente do Departamento Regional do Centro-Oeste da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Julieta Maria Cardoso Palmeira disse que o desenvolvimento tecnológico da inovação tem a ver com a questão da soberania sanitária do país. Segundo ela, o impulso à inovação envolve dois elementos: a recomposição do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia e o estabelecimento de um plano de desenvolvimento industrial.
Diretor do Departamento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), Igor Ferreira Bueno destacou que o Brasil ainda enfrenta uma elevada dependência externa para acesso a produtos essenciais em saúde, o que gera vulnerabilidade na balança comercial. Segundo ele, o fortalecimento do Ceis, que consiste em subsistemas interdependentes do setor de saúde, é crucial para enfrentar essa questão, a partir de uma base produtiva e de inovação forte que permite ao país enfrentar a dependência.
Coordenador-geral de Ciências da Saúde, Biotecnológicas e Agrárias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Thiago de Mello Moraes disse q

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