A CSN Mineração, segunda maior exportadora de ferro do Brasil, está em meio a uma disputa judicial com a comunidade de Santa Quitéria, que se autodeclara quilombola. A mineradora busca deslegitimar a reivindicação da comunidade enquanto avança com um projeto de pilhas de rejeito de minério nas proximidades das residências em Congonhas, Minas Gerais. Os moradores, preocupados com os impactos ambientais e sociais do empreendimento, lutam pela suspensão do projeto. A empresa contratou o renomado escritório de advocacia Décio Freire para representá-la, enquanto Otto Levy, ex-secretário de Planejamento do governo de Romeu Zema, atua como porta-voz da mineradora. A atuação de Levy tem gerado críticas, levantando questões sobre possíveis conflitos de interesse. Em julho de 2024, um decreto do governador Zema declarou a área de 261 hectares como de utilidade pública para a construção da pilha de rejeitos, mas a Federação Quilombola N’Golo argumenta que essa área se sobrepõe ao território quilombola e pede à Justiça a suspensão do decreto, além da realização de consulta prévia conforme a Convenção 169 da OIT.
Fonte:Repórter Brasil