Na reunião da CPMI do INSS, o presidente Carlos Viana (Podemos-MG) propôs a criação de uma lista de prioridades entre os 135 convocados para depoimento, destacando a importância de ouvir figuras-chave para as investigações. O empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti foi convocado, mas a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) sugeriu que a comissão se concentre em ex-ministros do governo Bolsonaro, como Paulo Guedes e Wagner Rosário. A senadora enfatizou a necessidade de uma abordagem pragmática para identificar os responsáveis pelas fraudes. Além disso, o relator Alfredo Gaspar (União-AL) mencionou que dois ex-funcionários do INSS estão sofrendo ameaças devido às informações que possuem sobre as fraudes, e ele buscará apoio da Polícia Federal para garantir a segurança deles. A CPMI enfrenta o desafio de equilibrar a urgência das investigações com a proteção das testemunhas, em um contexto onde a transparência e a responsabilização são cruciais para a confiança pública nas instituições.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A CPMI do INSS enfrenta um dilema crítico: a necessidade de investigar fraudes enquanto protege testemunhas ameaçadas. A revelação de que ex-funcionários estão sob ameaça por possuírem informações valiosas sobre as fraudes levanta preocupações sobre a integridade do processo investigativo. Sem garantias de segurança, a colaboração dessas testemunhas pode ser comprometida, prejudicando a busca pela verdade e a responsabilização dos envolvidos.
⚠️ INÉRCIA
Se a situação permanecer inalterada, a falta de proteção para testemunhas pode resultar em um apagão informativo, onde os responsáveis pelas fraudes permanecem impunes. Isso não apenas comprometerá a eficácia da CPMI, mas também minará a confiança pública nas instituições democráticas. A sociedade, especialmente os cidadãos que dependem do INSS, será diretamente afetada, perpetuando um ciclo de impunidade e desconfiança nas ações governamentais.
💡 CAMINHOS
Para garantir a eficácia da CPMI e a proteção das testemunhas, é essencial implementar medidas de segurança robustas, como a criação de um programa de proteção a testemunhas. Além disso, a comissão deve priorizar a convocação de figuras-chave e garantir que as investigações sejam conduzidas de forma transparente e rigorosa. Exemplos de boas práticas em outras comissões parlamentares podem ser adaptados, como a realização de audiências públicas e a utilização de tecnologia para proteger a identidade de testemunhas. O fortalecimento da colaboração com a Polícia Federal é fundamental para assegurar um ambiente seguro para aqueles que desejam contribuir com informações relevantes.
Fonte:Senado Notícias