CPMI do INSS avança para investigar núcleo político, diz Carlos Viana

O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse que as investigações conduzidas pelo colegiado entram neste momento na sua fase mais importante: a de apurar e identificar o núcleo político criminoso que deu sustentação para que as fraudes em descontos previdenciários ocorressem durante vários governos.
A afirmação foi feita no início da reunião desta quinta-feira (6), após críticas de parlamentares a editorial do jornal O Estado de SP, publicado na quarta-feira (5), que questiona a efetividade do trabalho da comissão parlamentar mista de inquérito. 
Na avaliação de Viana, a melhor resposta que a CPMI pode oferecer ao jornal é seguir investigando com paciência e determinação e apresentando resultados para os aposentados e pensionistas que foram lesados. Entre os resultados, ele citou a identificação e busca de punição para todos os núcleos envolvidos nos crimes praticados, especialmente o núcleo político.
— Nós estamos entrando na fase mais delicada, porque as operações, os depósitos, tudo isso já está muito bem delineado. Hoje se a gente quisesse acabar com a CPMI e fazer um relatório apontando quem roubou, nós já poderíamos fazer. Quando a gente senta e analisa, nós já temos aqui todo o núcleo criminoso operativo. Mas cadê o núcleo criminoso político? Cadê aqueles que indicaram? E eles receberam o quê pelas indicações para manter essas pessoas roubando os aposentados? Então faço um desafios senhores aqui: vamos provar que o editorial [do jornal] está errado pelos nossos resultados, não pelas nossas palavras. 
Pedido de proteção
Ainda no início da reunião, Carlos Viana decidiu deferir um pedido de proteção feito pelo deputado Duarte Jr. (PSB-MA), vice-presidente da CPMI. Duarte Jr. informou que registrou um boletim de ocorrência na Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados contra o deputado estadual do Maranhão Edson Araújo (PSB), relatando uma suposta ameaça que teria ocorrido após o depoimento da última segunda-feira (3).  
— Essa ameaça ocorreu depois da reunião passada, em que nós recebemos aqui o presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores de Pesca e Aquicultura (CBPA), e nós fizemos o questionamento (mesmo ele [Edson Araújo] sendo deputado estadual, mesmo ele sendo vice-presidente da CBPA, mesmo ele sendo filiado atualmente ao mesmo partido que eu), nós fizemos questionamento perguntando por qual razão a CBPA, após subtrair R$ 123 milhões da conta de aposentados e pensionistas, depositou mais de R$ 3,5 milhões na

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