Em uma decisão que reflete a complexidade da atual conjuntura econômica, o Comitê de Política Monetária (COPOM) decidiu manter a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, em 15% ao ano. Apesar da desaceleração da inflação, que atingiu 5,13% no acumulado até agosto, e da queda de 0,50% no Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) referente ao mesmo mês, o comitê optou pela cautela diante de um cenário fiscal incerto e da persistente pressão sobre os preços dos serviços. O governo apresentou uma proposta de orçamento para 2026 que prevê aumento na arrecadação pública, mas não apresentou medidas concretas para conter os gastos. Essa situação gera incertezas sobre a trajetória da inflação, que, segundo o último Boletim Focus do Banco Central, deve ficar em torno de 4,8% em dezembro, acima do teto da meta estabelecida. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) destaca que a redução da Selic só será viável com uma âncora fiscal mais robusta, evidenciando a dificuldade da decisão do COPOM em um ambiente econômico desafiador.
Fonte:FECOMERCIO Notícias