Centenas de pessoas participaram, na manhã desta quinta-feira (20), na região central de São Paulo, da 22ª edição da Marcha da Consciência Negra – Zumbi e Dandara 300+ 30.
O ato foi organizado pelo Movimento Negro Unificado (MNU) e União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), reuniu centenas de pessoas na Avenida Paulista para lembrar a importância de Palmares e seus líderes e da “representação dos negros nas instituições com poder de decisão na sociedade”.
Notícias relacionadas:Dia da Consciência Negra no Rio marca incentivo à “economia preta”.Dia da Consciência Negra: Jardim Botânico do Rio tem programa especial.Dia da Consciência Negra deve refletir sobre operações policiais.A manifestação teve de dança e música de religiosidade afro-brasileira, com shows curtos de estilos musicais diversos, incluindo ritmos como reggae, MPB e Black Music. Entre as apresentações, ocorreram discursos curtos e objetivos, focados na importância da mobilização em torno de pautas comuns.
O professor Ailton Santos, um dos organizadores do evento, afirmou à Agência Brasil, que o momento é “justamente para fazer com que a sociedade brasileira, que se diz democrática, de fato faça incluir aqueles que, há muitos anos, historicamente continuam à margem da sociedade.
XXII Marcha da Consciência Negra na avenida Paulista. Foto – Rovena Rosa/Agência Brasil
“Diariamente o povo negro sofre em função de várias violências. Normalmente falamos da morte matada, mas esse é o último estágio, porque até ela chegar, passamos diariamente por outras, que envolvem mobilidade, segurança, saúde, que envolve educação.”
Para momento é justamente para fazer com que a sociedade brasileira, que se diz democrática, de fato faça incluir aqueles que, há muitos anos, historicamente continuam à margem da sociedade”, disse à Agência Brasil o professor Ailton Santos, um dos organizadores do evento.
“É necessário que o governo reconheça que uma população, historicamente, está sendo colocada de lado. Então, a nossa bandeira é não morremos e fazer com que esse projeto que envolve a reparação, que hoje está na casa dos 20 milhões, seja aprovado para todos os negros e negras do Brasil”, conclui Ailton Santos.
Cuidado, não corre na rua
Ana Paula Félix, 56 anos, é copeira e acompanhou a marcha na tarde desta quinta-feira. Ela considera que é importante apoiar as manifestações, aqueles que sofrem preconceito e desvalorização por causa de sua cor. Com três filhos criado
