Mais de um ano após as enchentes no Rio Grande do Sul, o estado ainda trabalha para reconstruir escolas e prepará-las para futuros desastres climáticos. De acordo com a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, oito escolas e a própria Secretaria de Educação ainda não retornaram aos edifícios onde funcionavam s unidades atingidos pelas cheias.
Segundo Raquel, não se trata apenas de reconstruir os edifícios, mas de colocar em prática um plano de contingência que torne não apenas os prédios, mas toda a comunidade escolar, mais preparados para tempestades, alagamentos e outros fenômenos naturais. Ao longo dos últimos anos têm se intensificado na região a ocorrência de ciclones, chuvas e calor extremo.
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“A gente não sabe exatamente quando virá e o que importa é que as escolas estejam preparadas, as pessoas estejam preparadas emocionalmente, mentalmente e em termos de conhecimento, cientificamente, sabendo o que fazer para que não haja quebra na continuidade do aprendizado. O Japão aprendeu a conviver com tsunami, a Califórnia com terremoto, a Itália com vulcão, o Rio Grande do Sul está aprendendo a conviver com as características climáticas da região”, disse a secretária.
Ela participou, nessa terça-feira (21), do II Fórum Internacional de Sustentabilidade e Educação, promovido pela Fundação Santillana e pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI). Com o tema A escola de hoje: resiliente, inclusiva e tecnológica, o evento discute o papel da educação na construção de sociedades mais justas e sustentáveis.
Participação da comunidade
Raquel compartilhou a experiência do Rio Grande do Sul, mostrando a necessidade de envolver toda a comunidade escolar no desenvolvimento de uma educação atenta à crise climática.
“Nós tivemos escolas de sete dias a 52 dias sem aula. E é claro que isso requer intervenção pedagógica diferenciada em cada um dos blocos de escolas. Não é simples fazer isso e nós chegamos à conclusão que tínhamos que nos preparar para não sermos peg
