<![CDATA[Em um Natal marcado pela conjuntura econômica ambígua, com o desemprego em baixa e a renda média em elevação — mas juros altíssimos e incertezas quanto ao horizonte futuro —, as empresas têm notado um movimento mais intenso de consumidores para a data, mostra uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Seis em cada dez empresas da cidade de São Paulo (60,5%) dizem que notaram um aumento nas vendas de dezembro em comparação com o mesmo mês de 2024 [tabela 1]. A variação é de 10% em relação ao ano passado, quando a Federação fez essa mesma pergunta ao empresariado (na média ponderada, considerando aqueles que perceberam queda nas vendas, a alta é de 3%). [TABELA 1]Como está o movimento das suas vendas neste ano em relação ao Natal de 2024?Fonte: FecomercioSP RespostaNúmero de empresasVariação de movimentoMaior60,5%10,4%Menor24,5%-12,3%Igual15,0%- Neste caso, a realidade se alinha às expectativas: 79% das empresas esperam que as vendas de 2025 sejam maiores do que as do ano passado — taxa menor do que a de 2024, quando 82% dos negócios estavam otimistas com o Natal. Uma demonstração de como, embora reconheçam dificuldades do contexto, esses negócios percebem que a conjuntura ainda é favorável ao consumo. Ações mais contidas para consumidores cautelososApesar das boas perspectivas, as ações das empresas para o Natal foram mais contidas. Os dados da FecomercioSP ressaltam que elas contrataram menos empregados temporários, seguraram as promoções e mantiveram o preço médio dos produtos, assim como controlaram mais os estoques. Na visão da Entidade, trata-se de um planejamento conservador, que evitou lidar com excessos, à medida que essas expectativas se alinhavam com as análises do mercado — também mais conservadoras. No caso dos trabalhadores temporários, parece que as empresas têm adotado, cada vez mais, a tática de absorver a mão de obra já existente. É por isso que quase 8 em cada 10 delas (76%) não contrataram novos f