<![CDATA[Infância em risco]]

<![CDATA[Outubro, mês das crianças. Enquanto famílias e escolas celebram a infância, os brasileiros que são o futuro do País precisam de proteção. De janeiro a setembro de 2025, a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos recebeu, por meio do Disque 100, mais de 1,3 milhão de denúncias de casos de violência contra crianças e adolescentes, número que representa um aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2024.A violência contra crianças e adolescentes não é um problema novo, nem exclusivo de uma classe socioeconômica ou região geográfica. Tampouco se restringe ao Brasil. “O Unicef trabalha globalmente pela eliminação da violência, sempre reconhecendo que ela acontece independentemente do contexto, da cultura ou do país. Infelizmente, é um fenômeno que se manifesta em todo o mundo”, afirma Luís Augusto Minchola, oficial de Proteção da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) Brasil, agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que defende o direito de crianças e adolescentes. Embora saiba que a violência é fenômeno mundial, o Unicef evita comparações, porque a forma de coleta de dados diverge muito entre as nações, inclusive na categorização do que se configura como violência ou não.Para entender e combater a violência, a Unicef busca dividi-la em algumas categorias. Uma delas é a violência física, que inclui castigos corporais. Outra é a violência sexual, que, além do estupro, inclui também a importunação sexual ou a exposição a conteúdos inadequados. Há ainda a negligência, quando a criança é abandonada e não recebe os cuidados que necessita, e também a violência psicológica. “Pode ser o bullying e o cyberbullying, mas também testemunhar um ato de violência doméstica contra a mãe, por exemplo, mesmo que a criança não seja agredida fisicamente”, explica Minchola.Na base da proteção de crianças e adolescentes está a necessidade de quebrar um ciclo de violência i

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