<![CDATA[O avanço da digitalização nas Pequenas e Médias Empresas (PMEs) colocou a Inteligência Artificial (IA) no centro do debate sobre competitividade. Esse foi o tom do encontro promovido pela Meta, em São Paulo, que reuniu lideranças do Comércio, autoridades e empreendedores comprometidos com o fortalecimento do ecossistema de PMEs. O presidente em exercício da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Ivo Dall’Acqua Júnior, participou da mesa-redonda do evento que faz parte do programa Potencialize com a Meta, destacando o papel estratégico da tecnologia para impulsionar negócios e ampliar oportunidades de crescimento.Durante a sua fala, Dr. Ivo lembrou resultados concretos das iniciativas de qualificação apoiadas pela Federação. Segundo ele, “as pequenas empresas que participaram desse tipo de qualificação tiveram um aumento de faturamento da ordem de 12,6%”. O dado reforça o impacto direto da capacitação no desempenho dos empreendedores, especialmente em um cenário em que muitos ainda lidam com barreiras para adotar ferramentas digitais.[EXIBIR_GALERIA_DA_NOTICIA]Desafios urgentesApesar dos avanços, o presidente em exercício da FecomercioSP observou que o nível de domínio das novas tecnologias permanece baixo entre os pequenos negócios. “Apenas 6% têm um conhecimento e informação num nível que possamos considerar satisfatório da Inteligência Artificial. É muito pouco ainda e a gente precisa multiplicar”, afirmou. Para ele, informação é o principal ativo de transformação.Ao discutir o ambiente regulatório, Dr. Ivo chamou atenção para o risco de legislações restritivas comprometerem a inovação. “O excesso de regulação poderá impedir o crescimento da utilização dessas e das demais ferramentas digitais que estão surgindo e que surgirão”, advertiu. O tema tem sido acompanhado de perto pela FecomercioSP, que defende um marco legal equilibrado, capaz de organizar responsabilidades sem inibir a modernização dos negócios.Regulação globalDr. Ivo também compartilhou sua experiência nas conferências da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ocasiões em que o debate sobre plataformas digitais expôs visões divergentes entre os países. Ele relatou a resistência de diversas nações em acelerar regulações sem clareza sobre seus reflexos. “Não podemos fazer nada de forma acelerada e açodada, não sabemos o que virá”, afirmou, citando o posicionamento firme de Estados Unidos, China e Índia para evitar me