<![CDATA[A proximidade da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro, em Belém do Pará, tem mobilizado diferentes áreas da economia. A reunião de outubro do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) foi dedicado a discutir as oportunidades e os desafios que o evento traz para o Brasil e, em especial, para o Turismo — setor que, pela primeira vez, começa a ganhar espaço nas pautas oficiais das COPs.Legado e estruturaDe acordo com Cássio Garkalns, conselheiro da FecomercioSP e diretor da GKS Inteligência, a COP30 representa um marco de visibilidade para o País, assim como um teste de capacidade de gestão. A magnitude do evento, avalia, é comparável com “uma pedra lançada no meio do lago”, capaz de gerar ondas que se estendem muito além do mês de novembro. “É fundamental pensar nos tipos de infraestrutura e de investimento que ficam para a sociedade e para o Turismo depois que as luzes da conferência se apagam”, provocou.O fortalecimento da economia local, o surgimento de novas rotas e experiências turísticas e o estímulo à cadeia de serviços estão entre os efeitos esperados. Mas para que o impacto seja duradouro, é preciso planejamento e integração entre políticas públicas e iniciativa privada. Segundo Garkalns, o turismo sustentável só se consolida quando gera renda, inclusão social e valorização da identidade amazônica.Turismo e coerênciaDe acordo com Mariana Aldrigui, professora e pesquisadora na Universidade de São Paulo (USP) e membro do Conselho de Turismo da FecomercioSP, a COP30 tem o potencial de alçar o Turismo nacional em outro patamar nas discussões climáticas — desde que as promessas sejam acompanhadas de coerência e ação efetiva.Na reunião, ela enfatizou que a presença do setor nas negociações climáticas ainda é recente, o qual só foi incorporado oficialmente à agenda das COPs no ano passado. Esse movimento abre uma oportunidade para o Brasil se destacar, mas tamb&ea