<![CDATA[A nova edição da Carta Setorial do Conselho do Comércio Atacadista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) revela que o setor encerra 2025 em terreno positivo, mas ainda distante de um ciclo robusto de crescimento. As projeções apontam para um avanço real de cerca de 0,4% frente a 2024, um resultado que se apoia principalmente na maior movimentação típica do último trimestre, quando o Varejo acelera estoques e o consumo aumenta em virtude das datas sazonais. Embora o ano termine melhor do que começou, a publicação reforça que a trajetória foi marcada por oscilações e perda de ritmo ao longo dos meses.O documento destaca que o início de 2025 ainda carregava o reflexo das vendas fortes do fim do ano passado, o que sustentou um primeiro trimestre positivo. No entanto, o fôlego diminuiu rapidamente com a combinação de crédito caro, estoques elevados no Varejo e redução do consumo das famílias. Em junho, o setor chegou ao pior desempenho do ano, com retração de 3,9% no faturamento real em relação ao mesmo mês do ano anterior. A partir do segundo semestre, a recuperação começou a aparecer, embora de forma moderada, puxada por segmentos menos dependentes de crédito e mais resilientes diante das condições econômicas adversas Mercado de trabalho firme e inflação mais comportadaMesmo com a atividade econômica enfraquecida, o mercado de trabalho no Atacado surpreendeu positivamente. Até setembro, o setor tinha registrado alta de 3,2% no emprego formal, com todos os segmentos apresentando saldo positivo. As maiores contribuições ficaram por conta dos produtos de consumo não alimentar, com criação de 4.662 vagas; dos alimentos e bebidas, com 3.865; e das máquinas e equipamentos, com 2.805. O movimento demonstra resiliência das empresas, mas também ressalta a necessidade de gestão cuidadosa de custos em um ambiente ainda pressionado por juros elevados e crédito restrito.A Carta Setorial mostra também que a inflação se estabilizou ao longo do ano, favorecendo o planejamento empresarial. O Índice d