Câmara Retira MP que Taxava Ricos e Compromete Arrecadação

Na noite de quarta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a decisão da Câmara dos Deputados de retirar de pauta a Medida Provisória (MP) 1303/2025, que visava taxar rendimentos de aplicações financeiras e apostas esportivas. A MP, considerada essencial para o equilíbrio fiscal de 2026, previa arrecadação de R$ 20,8 bilhões e a redução de despesas em mais de R$ 10 bilhões. Com a retirada, o texto caducou, o que, segundo Lula, representa uma derrota para o povo brasileiro e um retrocesso na justiça tributária. O presidente atribuiu a decisão a interesses da oposição e de partidos centristas, que, segundo ele, buscam inviabilizar programas sociais. A medida tinha como objetivo corrigir distorções no sistema tributário, cobrando uma parte justa dos mais ricos e contribuindo para a manutenção de políticas públicas. A retirada da MP levanta preocupações sobre o futuro da arrecadação e a possibilidade de cortes em serviços essenciais que beneficiam milhões de brasileiros.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A retirada da Medida Provisória 1303/2025 pela Câmara dos Deputados representa um grave retrocesso na busca por justiça tributária no Brasil. A medida visava taxar rendimentos de aplicações financeiras e apostas esportivas, promovendo uma distribuição mais equitativa da carga tributária. A decisão não apenas compromete a arrecadação necessária para a manutenção de programas sociais, mas também perpetua as desigualdades existentes, favorecendo os mais ricos em detrimento da população vulnerável.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, a manutenção do status quo resultará em uma queda significativa na arrecadação pública, afetando diretamente a capacidade do governo de financiar serviços essenciais e programas sociais. A população mais vulnerável será a mais impactada, enfrentando cortes em áreas como saúde, educação e assistência social. Além disso, a falta de uma tributação justa pode aprofundar as desigualdades sociais, minando a confiança nas instituições e na democracia.

💡 CAMINHOS

Para reverter essa situação, é fundamental que o governo e o Congresso reavaliem a necessidade de uma reforma tributária que promova a justiça fiscal. Isso inclui a reintrodução de medidas que taxem adequadamente os rendimentos dos mais ricos e a criação de um ambiente regulatório que favoreça a transparência e a equidade. Exemplos de boas práticas em outros países, como a taxação de grandes fortunas e a regulamentação de apostas, podem servir de modelo. Além disso, é crucial fortalecer a participação da sociedade civil no debate sobre políticas fiscais, garantindo que as vozes dos mais afetados sejam ouvidas.

Fonte:Agência Brasil
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