A Câmara dos Deputados discute o projeto de lei (PL 1087/25) que propõe aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil a partir de 2026, custeado pela taxação de quem ganha acima de R$ 600 mil anuais. A proposta, que deve gerar um impacto de R$ 25,8 bilhões por ano, foi defendida por diversos deputados como uma medida histórica e necessária para promover justiça tributária no Brasil. A deputada Dandara (PT-MG) destacou a entrega de 1,5 milhão de assinaturas em apoio à taxação dos super-ricos, que representam apenas 0,01% da população, mas que atualmente pagam uma média de apenas 2,54% de Imposto de Renda. Os parlamentares enfatizaram que a aprovação da medida não apenas corrige distorções tributárias, mas também pode impulsionar a economia ao aumentar o consumo e a geração de empregos. A votação é vista como um momento crucial para alinhar a Câmara com as demandas da população, especialmente em um contexto de crescente desigualdade social.
🔴 GOTA D’ÁGUA
O Brasil enfrenta uma grave injustiça tributária, onde a carga fiscal recai desproporcionalmente sobre os mais pobres, enquanto os super-ricos pagam uma fração irrisória de impostos. A proposta de taxar aqueles que ganham acima de R$ 600 mil anuais, enquanto isenta os que recebem até R$ 5 mil, é uma tentativa urgente de corrigir essa distorção. A pressão popular, evidenciada pelas 1,5 milhão de assinaturas, demonstra a necessidade de uma reforma tributária que promova maior equidade.
⚠️ INÉRCIA
Se o status quo se mantiver, a desigualdade social no Brasil continuará a crescer, afetando principalmente as classes mais baixas que já enfrentam dificuldades financeiras. A falta de uma reforma tributária justa perpetuará um sistema em que os mais ricos se beneficiam de isenções, enquanto os trabalhadores e a população vulnerável arcam com a maior parte da carga tributária. Isso pode resultar em um aumento da insatisfação social e em um ambiente político ainda mais polarizado.
💡 CAMINHOS
Para avançar em direção a uma justiça tributária, é essencial que o governo implemente a taxação progressiva sobre os super-ricos, garantindo que aqueles que mais ganham contribuam de forma justa. Além disso, é fundamental promover uma reforma tributária abrangente que simplifique o sistema e reduza a carga sobre os mais pobres. Exemplos internacionais, como a implementação de impostos sobre grandes fortunas em países europeus, podem servir de inspiração. A participação ativa da sociedade civil e a transparência nas decisões governamentais também são cruciais para garantir que as reformas atendam às necessidades da população.
Fonte:Câmara Notícias