Câmara aprova queimada como modalidade esportiva oficial

A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 742/24, que reconhece o jogo de queimada como uma modalidade esportiva oficial. A proposta, de autoria da deputada Amanda Gentil (PP-MA), foi aprovada com o parecer favorável da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ). Durante a discussão, Carneiro destacou que a queimada possui características que a qualificam como esporte, como a organização por federações, competições regulares e regras padronizadas. A aprovação do projeto é vista como um passo importante para o reconhecimento formal da prática, que já conta com uma base de praticantes engajados em diversas regiões do Brasil. O projeto agora tramita em caráter conclusivo e será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para votação na Câmara e no Senado. O reconhecimento da queimada como esporte pode impulsionar sua popularidade e fomentar iniciativas de inclusão e desenvolvimento esportivo no país.

🔴 GOTA D’ÁGUA

O reconhecimento da queimada como modalidade esportiva oficial é um passo significativo, mas levanta preocupações sobre a priorização de recursos e atenção legislativa. Em um contexto onde o Brasil enfrenta desafios mais urgentes, como a promoção de esportes de base e a inclusão social, a aprovação de projetos que podem parecer secundários pode desviar a atenção de questões mais relevantes. É crucial que o debate sobre o esporte no Brasil não se limite a formalizações, mas que também aborde a inclusão e o desenvolvimento de práticas esportivas que atendam a toda a população.

⚠️ INÉRCIA

Se a situação permanecer inalterada, a queimada poderá se tornar uma modalidade esportiva reconhecida, mas sem o devido suporte e infraestrutura necessários para seu desenvolvimento. Isso pode resultar em uma prática esportiva elitizada, beneficiando apenas um grupo restrito, enquanto a maioria dos jovens e comunidades carentes continua sem acesso a atividades esportivas de qualidade. Além disso, a falta de investimento em esportes mais inclusivos pode perpetuar desigualdades sociais e limitar o potencial de desenvolvimento de talentos em diversas áreas.

💡 CAMINHOS

Para garantir que o reconhecimento da queimada como esporte traga benefícios reais, é fundamental que o governo implemente políticas públicas que promovam a inclusão e o acesso ao esporte em todas as suas formas. Isso pode incluir a criação de programas de incentivo a práticas esportivas em escolas e comunidades carentes, além de parcerias com organizações da sociedade civil para promover eventos e competições. Exemplos de boas práticas podem ser observados em iniciativas que já utilizam o esporte como ferramenta de inclusão social, como o Programa Segundo Tempo, que visa democratizar o acesso ao esporte e à educação física no Brasil.

Fonte:Câmara Notícias
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