Câmara aprova mudanças no Código Florestal para recomposição ambiental

A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que altera o Código Florestal, permitindo a recomposição de áreas desmatadas na reserva legal por meio do plantio de espécies nativas. A nova regra se aplica a imóveis rurais de até 1,5 mil hectares e busca uniformizar a política de recomposição ambiental em todo o Brasil, não se limitando apenas à Amazônia Legal. O relator, deputado Pezenti, argumentou que a regularização ambiental é uma questão que abrange todos os biomas do país. Para iniciar o processo de recomposição, o proprietário deve notificar o órgão ambiental, apresentando um plano simplificado que inclui a localização da área a ser recomposta e as espécies a serem plantadas. O projeto também visa oferecer maior segurança jurídica aos produtores, garantindo que as normas de regularização se apliquem a todo o território nacional. A proposta agora segue para votação no plenário da Câmara, onde poderá ser debatida e eventualmente aprovada ou rejeitada.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A aprovação do projeto de lei que altera o Código Florestal representa um risco significativo para a preservação ambiental no Brasil. Ao permitir a recomposição de áreas desmatadas em todos os biomas, a proposta pode incentivar a exploração irresponsável de recursos naturais, comprometendo a biodiversidade e os ecossistemas locais. A urgência dessa questão se intensifica em um momento em que a crise climática exige ações mais rigorosas para proteger o meio ambiente e garantir a sustentabilidade das futuras gerações.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, a manutenção do status quo pode resultar em um aumento do desmatamento e na degradação ambiental em diversas regiões do Brasil. As comunidades locais, especialmente aquelas que dependem da biodiversidade para sua subsistência, serão as mais afetadas. Além disso, a falta de uma regulamentação mais rigorosa pode comprometer a imagem do país no cenário internacional, dificultando acordos comerciais e parcerias que valorizem práticas sustentáveis.

💡 CAMINHOS

Para mitigar os riscos associados a essa proposta, é fundamental que o governo implemente um sistema de monitoramento rigoroso das áreas recompostas, garantindo que as práticas de recomposição sejam realmente eficazes. Além disso, é necessário promover a educação ambiental entre os proprietários rurais, incentivando o uso de técnicas de manejo sustentável. Exemplos de boas práticas, como a criação de corredores ecológicos e a recuperação de áreas degradadas, devem ser amplamente divulgados e apoiados por políticas públicas que incentivem a conservação e a sustentabilidade.

Fonte:Câmara Notícias
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