Câmara aprova isenção de IR para salários até R$ 5 mil

A Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 1087/25, que isenta de imposto de renda (IR) os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil e reduz a carga tributária para aqueles com salários de até R$ 7.350. A medida, que agora segue para o Senado, é vista como um avanço significativo para a classe trabalhadora e pode entrar em vigor em janeiro de 2026, caso seja aprovada e sancionada ainda este ano. Especialistas, incluindo economistas e representantes de entidades trabalhistas, destacam a importância da proposta para a justiça tributária e a distribuição de renda no Brasil. O economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo enfatiza que a isenção não apenas alivia a carga tributária, mas também pode impulsionar o crescimento econômico ao aumentar o consumo. A aprovação é celebrada como uma vitória da classe trabalhadora, com a expectativa de que a medida contribua para a redução das desigualdades sociais no país.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A aprovação do Projeto de Lei 1087/25, que isenta de imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil, é um avanço importante, mas também revela a urgência de uma reforma tributária mais ampla. A desigualdade de renda no Brasil é alarmante, e a manutenção de um sistema que penaliza os mais pobres em detrimento dos mais ricos é insustentável. A medida é um passo positivo, mas não pode ser vista como a solução definitiva para os problemas estruturais da tributação no país.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, a desigualdade de renda no Brasil continuará a crescer, afetando principalmente as camadas mais vulneráveis da população. A falta de uma reforma tributária abrangente perpetuará um sistema que beneficia os mais ricos e marginaliza os trabalhadores. Isso não apenas compromete a justiça social, mas também mina a confiança nas instituições democráticas, levando a um ciclo de descontentamento e instabilidade social.

💡 CAMINHOS

Para avançar em direção a uma justiça tributária efetiva, é necessário implementar uma reforma tributária que amplie a base de arrecadação e reduza as desigualdades. Isso pode incluir a revisão de isenções fiscais para grandes empresas e a criação de um imposto sobre grandes fortunas. Além disso, fortalecer a sociedade civil e promover o diálogo entre governo, trabalhadores e empresários são passos cruciais para garantir que as políticas públicas atendam às necessidades da população e contribuam para um desenvolvimento econômico sustentável.

Fonte:Agência Brasil
Compartilhe